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Governador Serra anuncia expansão do metrô e gera polêmica

São Paulo, 10 de Julho de 2009.

A cerimônia no Vale do Anhangabaú reunia mais de 23 mil paulistanos para celebrar o feriado de 9 de Julho, em homenagem à Revolução de 1932. A festa, até então recheada de atrações ocorria com muita serenidade e diversão. O sol brindava o acontecimento com energia e calor. Tudo era, assim, uma grande festa.

Esse clima de harmonia, contudo, se encerrou assim que o Governador José Serra subiu ao palco e tomou a frente do microfone. Numa clara e evidente intenção política, o mandatário paulistano assumiu um discurso populista que agradou parte dos presentes, mas evidenciou uma estratégia infeliz de oferecer à população um presente de grego.

Ao lado do secretário dos transportes, José Luiz Portella, e do presidente do Metrô, Luiz Carlos David, José Serra anunciou o investimento inédito de mais de 145 milhões de reais na expansão da linha 12 do metrô, que deverá interligar a estação São Bento com a região do Pantanal, no Mato Grosso do Sul.

Em seu discurso, Serra confidenciou que está realizando um sonho pessoal. "Desde criança, quando eu via a novela da Juma, eu tenho vontade de conhecer o pantanal. É uma grande satisfação realizar este sonho e ao mesmo tempo permitir que o pantaneiro tenha acesso fácil e barato à cidade de São Paulo. E vice-versa", completou.

A nova linha conhecida como "brejão de ferro", não parece ter agradado muitos contribuintes. "É um absurdo! Eu levo 4 horas para sair de casa e pegar um metrô até o centro. Esse dinheiro deveria ser usado para ampliar a linha azul", reclamou Junior Amorim."Nunca vi jacaré pegar trem", brincou outro rapaz.

Apesar dos protestos, o dia encerrou bem, com shows de Jota Quest, Ivete Sangalo e Kid Vinil. O ápice, contudo, foram as mágicas dos ilusionistas do Oriental Magic Show. Eles fizeram o Viaduto do Chá sumir e uma criança de 7 anos virar uma girafa.

As obras começam em Setembro.