Vereador propõe rodízio de pessoas em SP
São Paulo, 22 de agosto de 2009.
Há muito tempo São Paulo sofre com o excesso de pessoas que habitam a cidade. Trânsito, violência e desemprego são algumas das mazelas com as quais o paulistano convive todos os dias, como conseqüência do inchaço urbano.
Muitas soluções para o problema já foram, e ainda são, experimentadas, mas nenhuma tão polêmica quanto a proposta do vereador César Susumu, do PSDB. O novo projeto de lei se inspira no rodízio de veículos operante na capital e vai ainda mais longe: um rodízio de pessoas.
“Hoje em dia muitas pessoas podem trabalhar em casa, com o computador e a Internet. É o home office. Vamos estimular esse novo conceito de atividade e evitar a saída desnecessária de trabalhadores para a rua”, justifica Susumu. “Inicialmente a prefeitura concederia benefícios fiscais a empresas que estimulassem o home office. Depois disso o rodízio seria implementado.”
A Câmara Municipal está em polvorosa em virtude da proposta. “Essa é uma idéia ditatorial, que amputa o direito de ir e vir do cidadão” ataca o vereador do PFL, Juca Ribeiro.
Já para Susumu, a medida está sendo mal interpretada. “O rodízio estará operante apenas em horários definidos, de pico. Em outros horários, as pessoas transitarão normalmente. A lei prevê que apenas bombeiros, policiais e jogadores de poker estejam liberados do rodízio.”
O rodízio de pessoas seguiria os moldes do rodízio de veículos: as pessoas seriam separadas pelo último número da carteira de identidade e seriam impedidas de sair de casa em horários determinados em um dia útil da semana.
Ao ser perguntado o que aconteceria se um padre fosse impedido de celebrar a missa de domingo, por causa de seu RG, Susumu foi categórico: "Que Deus o ajude, então."
O projeto será votado no início de novembro.
Fonte Róiters.
